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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O panorama financeiro mundial para o ano 2014.

De uma maneira geral, há boas razões para se acreditar em uma melhora do desempenho da economia mundial para este ano de 2014. Nada que indique o reinício de um novo ciclo virtuoso de crescimento mundial, mas os indicadores apontam para números maiores ou ao menos mais estáveis que os ocorridos em anos anteriores. 

Estados Unidos

Os números da economia americana para 2014 indicam uma aceleração no ritmo da geração de empregos e uma redução no endividamento das famílias americanas. O mercado imobiliário demonstra também um certo fôlego para 2014 motivado principalmente pelo descompasso entre a demanda e a oferta de novos imóveis. As empresas de setores produtivos também apresentam elevados valores de estoques de capital em caixa. Com relação as contas públicas, o acordo realizado no Congresso Americano no que tange o orçamento público federal para 2014/2015, reduziu bastante a probabilidade de um novo congelamento das contas e o risco de calote pela não aprovação do teto da dívida pública. É esperado também uma redução dos estímulos monetários que mantém a atual taxa básica de juros americana no nível próximo de 0%. Algumas estimativas preveem uma taxa de crescimento da economia americana para o ano de 2014 em torno de 3%.

Taxa apresentada em números percentuais

A Zona do Euro

Apesar de uma percepção mais positiva com relação ao risco de um colapso financeiro, a Zona do Euro inicia o ano de 2014 com muitos poucos motivos para comemorar. A crise não afeta mais apenas Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. Ela já se alastrou e atinge também economias mais desenvolvidas como a França e Holanda. Nem o conhecido "motor" da Zona do Euro, a Alemanha conseguiu passar imune a toda essa crise, seus números de crescimento da economia para o ano de 2013 foram anêmicos. Segundo informações divulgada pelo FMI a economia do bloco se contraiu 0,4 % no ano passado e possui uma perspectiva de crescimento de apenas 1% para o ano de 2014. Os problemas a serem enfreados em 2014 serão vários. Paralisia econômica, risco de deflação, índices persistentes de desemprego em países como Grécia e Espanha e até a própria desintegração da Zona do Euro que sobreviveu ao ano de 2013 sob intensa pressão.

Taxas apresentadas em números percentuais

A China

Em 2013 também ficou bem claro que a economia chinesa não voltará a crescer como fez nas décadas anteriores a taxas de 9% a 10% ao ano. O país passa atualmente por um momento de transição, a sua economia vem deixando de ser baseada em um modelo exportador passando a atuar mais como um modelo baseado em seu consumo interno. É previsto que a economia Chinesa voltará a crescer em 2014 em números superiores a 2013 devido principalmente as mudanças estruturais promovidas pelo governo chinês que atuou de forma rápida e precisa sobre as fraquezas apresentadas pela economia. Como desafios para o ano de 2014 a China deverá tentar conter a expansão descontrolada do crédito que saltou de US$9 bilhões em 2007 para US$ 23 bilhões em 2012.  Para tal será necessário regulamentar o sistema bancário paralelo que cresce atuando no país com práticas semelhantes as que levaram os Estados Unidos à crise imobiliária de 2008.

Taxas apresentadas em números percentuais

As economias emergentes

Com a simples ameaça das incertezas do início da reversão das políticas financeiras praticadas pelo Banco Central Americano (Fed) que deverá ter início neste ano de 2014, as economias emergentes se defrontaram em 2013 com uma saída massiva de capital estrangeiro e uma acentuada desvalorização das suas moedas frente ao dólar americano. Agora que a reversão deverá ocorrer de fato de forma moderada e paulatina, o cenário esperado não é o da repetição das turbulências vistas em 2013 pois afinal as mudanças no valor de ativos, taxas de câmbio e a posição dos investidores não foram revertidas e sim adiantadas frente o início das mudanças da politica financeira americana. Ainda pesa que em 2014 Brasil e Índia passarão por eleições majoritárias, portanto é esperado que o desempenho macroeconômico destes países também dependerá em parte de uma boa calibragem em sua gestão macroeconômica além dos "riscos políticos".


Taxas apresentadas em números percentuais

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