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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Para economista, o resultado do PIB 3° Trim/13 está relacionado com a baixa taxa de investimentos no país.

Fonte de imagem: http://www.hipersuper.pt/wp-content/uploads/2012/03/pib.jpg
Para o economista chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, um mal resultado do PIB brasileiro no 3° trimestre de 2013 era esperado, porém não em uma queda tão acentuada como a ocorrida. Ainda segundo ele, o país encontra-se atualmente em um fraco ritmo de crescimento, porém ainda superior ao nível de crescimento obtido no ano de 2012. 

Como principal causador da queda do PIB neste 3° trimestre, destaca o economista a queda do investimento interno que hoje gira em torno de 18,5% do PIB que segundo o mesmo trata-se de um percentual extremamente baixo se comparado a outras economias emergentes. Para o 4° trimestre existe ainda uma tendência de uma pequena recuperação da economia em números muito discretos, que deve significar também que o ano de 2014 irá iniciar-se com um crescimento econômico bastante tímido.


Segundo ainda o economista, apesar do compreensível discurso apregoado pelo Governo Federal na figura do seu Ministro da Economia Guido Mantega no que tange a desaceleração mundial da economia ser a principal causadora dos baixos números alcançados de crescimento pelo país, há ainda que se levar em consideração também os números de crescimento do PIB obtido pelos países vizinhos da América Latina que giram em torno de algo como 4% a 5% ao ano, enquanto o Brasil cresceu cerca de 1,0% em 2012 e deve crescer cerca de 2,0% em 2013. Informa ainda Ilan que o país já se encontra em processo de recuperação econômica desde o ano de 2011 e que se no ano de 2014 continuarmos nesse mesmo ritmo de crescimento de 2013, atingiremos uma média de crescimento de apenas 2% nos últimos 4 anos, que é uma média considerada baixa, principalmente se comparada as demais economias mundiais em recuperação. 

O economista aponta ainda o insucesso da estratégia econômica empregada pelo Governo Federal de estimular o crescimento econômico nos últimos anos através do consumo, subsídios e estímulos fiscais. Recomenda ainda que o governo federal a partir de agora invista mais em estabilidade financeira, no controle da inflação e na manutenção do equilíbrio da contas fiscais que viria por favorecer um aumento da confiança e do investimento levando consequentemente a um crescimento econômico maior.

Ainda segundo o economista, o regime de concessões praticado atualmente pelo Governo (aeroportos, estradas, campos de petróleo) é o caminho mais correto, uma vez que se investindo em infra estrutura, consegue-se diminuir assim um dos principais gargalos da economia brasileira e muito provavelmente outros investimentos venham assim "à reboque".

Em um panorama geral da economia brasileira e mundial para o ano de 2014, Ilan Goldfajn vê a possibilidade de um maior crescimento da economia mundial e americana, que certamente irá alavancar as exportações Brasileiras e resultará em um aquecimento econômico. Paralelamente existe também a perspectiva de uma subida dos juros em todo mundo que levará a uma desvalorização do Real e estará também forçando a realização de uma alta de juros interna dentro do país.

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Observação
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