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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Porque mesmo com aumentos sucessivos da Selic, a inflação não cede no país?

Fonte: Blogs do Diário de Pernambuco
Mesmo diante de mais um aumento imposto pelo Copom na taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) que subiu desta vez de 10,75% para 11,00% na última reunião realizada na quarta feira, as perspectivas para a contenção da inflação no país continuam nada animadoras. A expectativa de especialistas é de que essa talvez não seja a última elevação da taxa básica de juros a vigorar ainda neste ano apesar do comité não ter deixado claro qual será a tendência da taxa para a próxima reunião.

Para o ministro da fazenda, Guido Mantega, a alta da inflação no Brasil é passageira e decorre de fatores climáticos. O ministro admite também que o crescimento da economia brasileira em 2014 poderá oscilar entre 2% a 2,5%. Valor um pouco abaixo do estimado pelo orçamento federal deste ano que prevê um crescimento mínimo de 2,5%.

Os especialistas porém divergem da opinião do ministro. Segundo eles a inflação permanece resistente mesmo após este ciclo de aumentos consecutivos na ordem de 3,75% na taxa básica de juros. As políticas expansionistas de crédito promovidas pelo Governo Federal e o aumento crescente dos gastos públicos são na opinião deles o principal causador desta resistência por parte da inflação. Como em um "cabo de guerra", em uma ponta o Banco Central tenta conter a inflação com políticas restritivas de crédito enquanto na outra ponta o Governo Federal promove políticas expansionistas e o aumento dos gastos públicos. Gastos estes que tendem a aumentar ainda mais em se tratando de um ano eleitoral.


Como resultado desta somatória de forças temos uma política para contenção da inflação deficitária aonde o Banco Central tenta lutar sozinho com a única "arma" que lhe resta, a taxa de juros básica! Tal "luta" contra a inflação ainda é travada no "pior dos cenários possível", aonde o crescimento do país é baixo, mas não resta ao Banco Central tomar outra medida que senão aumentar a taxa básica e ao mesmo tempo acabar "asfixiando" ainda mais o crescimento econômico do país.

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